Lula precisou jogar segundo as regras do jogo para ser eleito. Aceitou ser embalado para presente, surgiu o Lulinha paz e amor, com a barba aparada e bons ternos. Ouviu-se o marqueteiro. Deu certo. Eleito, tinha que governar. Fez o que todos os governos faziam, o chamado toma lá dá cá da política. Em busca de apoios, distribuiu cargos entre os aliados, trouxe para o governo as velhas raposas dos outros partidos.
Sem dúvidas foi bom. O país retomou sua auto-estima, cresceu, redistribuiu renda, diminuiu as desigualdades sociais, implantou políticas públicas inovadoras, dobrou o número de jovens nas universidades, tirou 36 milhões da miséria, incentivou o mercado interno, etc, etc...
Era assim, o PT governava, mas o PTB tinha o controle dos Correios, o PMDB do DNIT, Portos e onde mais tivesse orçamentos graúdos. E por ai seguia. Era a tal da governabilidade, as tais regras não escritas da política nacional. Quando estourou o escândalo de corrupção nos Correios, que era da cota do PTB, Roberto Jefferson inventou (depois ele mesmo admitiu isso), a história do Mensalão.
A Globo caiu matando. O resto da imprensa idem. Em cima do PT, lógico. Eles não eram os éticos? Olha só, que vergonha.... enquanto isso, o Governo continuava despejando milhões em verbas publicitárias nestes mesmos veículos de comunicação. Mas, porquê? Ah, eles são poderosos, melhor não comprar briga, diziam... Ali, começou o trabalho de incitação ao ódio contra o PT. 24 horas por dia.
Franklin Martins até que comprou briga com o PIG, ao pulverizar a verba publicitária em inúmeros veículos, dividindo melhor o bolo e contrariando os interesses do grandes grupos de mídia, até então privilegiados. Tornou-se um inimigo do PIG, quase tão perigoso (na ótica deles) quanto José Dirceu.
Depois dele, já no Governo Dilma, veio Helena Chagas na SECOM. Era uma tentativa de armistício com a mídia. Deixamos alguém que vocês querem na SECOM e teremos um pacto de cavalheiros. Até que o PIG começou a bater abaixo da linha da cintura e o governo percebeu que não pode ser "republicano" com o inimigo. Ele não jogará limpo. Mas já era tarde.
A casa grande nunca iria aceitar um governo que não a representasse. Mas, o medo da mídia não levou ao enfrentamento. O PT não poderia ter feito as mesmas práticas "normais da política", nem ser ingênuo ao ponto de acreditar que teria o mesmo tratamento da mídia que seus antecessores tiveram.
Dai que agora, quando a Globo já é hostilizada nas ruas, nos estádios de futebol, nas manifestações, identificada como "golpista", é exemplar o professor da PUC SP que se recusa a dar entrevista para ela, porque não concorda com o jornalismo que a emissora pratica e com o ódio que ele dissemina na população. Na mesma semana, eis que já surge um outro caso de recusa em participação no seu "teatrinho" global.
É isso. Não adianta imaginar que simplesmente aparecendo no plim plim estaremos "ocupando espaços". Exceto que seja para o esculacho, como na foto ao lado. Fora isso, dentro das "regras deles", nunca permitirão. Não sejamos ingênuos. Já deveríamos ter superado esta ilusão há tempos. É preciso enfrentar o inimigo (como Lula mesmo disse). E para isso, mostrar que não se compactua com suas práticas é um tapa bem dado na cara. Eles, que já perderam quase toda a sua credibilidade e audiência, que se preocupem. A internet divulga tais fatos. E isso os deixa malucos, como o episódio do triplex em Paraty.
Como diziam os Paralamas: "O meu erro foi crer que estar ao seu lado, bastaria...era tudo que eu queria". Mas, não. A casa grande não aceita a senzala.
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