sábado, 9 de abril de 2016

Tem certeza do que você quer?

O quê a gente realmente quer para o nosso país?

A resposta a esta inocente pergunta, hoje pode servir como um divisor de águas para saber de que lado estamos neste cenário de quase guerra civil em que se encontra o país.

Pelo que pude perceber, as milhares de pessoas que foram à Esplanada dos Ministérios no último dia 31 lutavam pela democracia e contra o golpe, se manifestavam por mais avanços sociais e pela luta por mais direitos.  Mais amor e menos ódio.

Sobre isso, no encontro promovido pelos trabalhadores em educação em São Paulo,  o ex-presidente Lula disse que "não há saída para a sociedade (democrática) fora da política". Lembrou também que "este país nunca será uma nação grande e soberana se nós não colocarmos a educação como prioridade". (assista o vídeo)


Secretário de Educassão de Sumpaulo
Só como contraponto, alguns dias antes, o atual Secretário de Educação de São Paulo, José Roberto Nalini, publicou um artigo no site da instituição afirmando que "não considera a educação um direito básico". Em suas palavras “muito ajuda o Estado que não atrapalha” e que este deveria responder apenas “por missões elementares e básicas. Segurança e Justiça, como emblemáticas. Tudo o mais, deveria ser providenciado pelos particulares”. 

Ou seja, quem tem dinheiro para pagar terá acesso a saúde, educação, oportunidades, etc. Quem não tiver...bom isso já não é problema nosso, né?
(Link http://www.esquerdadiario.com.br/Secretario-da-educacao-afirma-que-educacao-nao-e-um-direito-basico)

Uma das entidades que "patrocinam" o golpe, a Federação da Indústria do Estado de São Paulo (FIESP) prega abertamente que "em um novo governo" se retirem direitos trabalhistas.

São duas visões completamente opostas do que devam ser "as política públicas". Para a esquerda, os problemas sociais e as desigualdades devem ser combatidas. Para a direita, a desigualdade é fruto do esforço individual (meritocracia) e sempre existirá. "São naturais, como o dia é diferente da noite".

As políticas públicas dos governos conservadores (ou a falta delas) tendem a aumentar as desigualdades. Talvez este seja mesmo o motivo de tanto ódio da elite contra Lula e Dilma: pelos seus acertos, pelo que conseguiram fazer em 12 anos de governo em favor dos mais desfavorecidos.

Na teoria, o 1% mais rico da sociedade nunca venceria uma Eleição. Lógico, são minoria. Ainda mais se falassem claramente quais são suas "propostas".  Porém, ao desviar o foco para outros temas como o genérico "combate a corrupção", eles, com a força da grande mídia conseguem criar a aberração que seria o "pobre conservador". Mas, por via das dúvidas, o golpe para eles é "mais garantido".

Um eleitor consciente e politizado também frustraria os planos deles. Dai que a educação e a política são "ameaças". Não é por acaso que em Goiás o Ministério Público queria proibir a Universidade local de discutir política. Isso é que é matar 2 coelhos (ou patos) de uma só vez, né? (Link https://www.brasil247.com/pt/247/goias247/224784/MPF-recomenda-que-UFG-deixe-de-discutir-pol%C3%ADtica.htm)

Absurdos assim são cada vez mais frequentes em São Paulo, Goiás e Paraná. Por acaso, todos governos tucanos. É isso que você quer? Tem certeza?



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