segunda-feira, 18 de abril de 2016

In God we trust?



A frase que acompanha a moeda norte-americana foi muito citada ontem (em traduções livres) durante a votação de impeachment da Presidenta Dilma. Também foram citados nomes dos filhos e familiares dos senhores e senhoras Deputados(as). Creio que todos eles estejam com seus futuros garantidos, pois como lembrou Paulinho da Farsa: "temos muito dinheiro para o impeachment". Ok, vocês venceram a primeira batalha. Foram 367 votos a favor e 137 contra, além de 7 abstenções e 2 ausências.

O próximo passo agora será levar ao Senado o processo de impeachment com a aprovação de apenas metade dos Senadores, o que  parece bastante provável. 

Neste caso, a Presidenta é afastada por 180 dias, assumindo o Vice, Michel Temer. 

Mas, ai começam as complicações. Temer foi eleito junto com Dilma, se ela assinou as tais pedaladas fiscais, ele também assinou. Não deveria cair junto? O PT já se mobiliza para isso na justiça.

Caindo Temer, assumiria Eduardo Cunha. Uma complicação ainda maior. Ontem em plenário ele foi "bastante elogiado" por vários Deputados, que diziam que ele não tinha as menores condições éticas e morais para estar presidindo a sessão. Imaginem o País. O STF ainda não se manifestou contra Cunha, mas ele pode ser afastado (e talvez até preso) a qualquer momento.

Pesquisa do Datafolha que mostra que nem Temer nem Cunha tem a aprovação da população, mesmo entre aqueles que defendiam o impeachment de Dilma.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/04/1762217-manifestantes-pro-e-contra-dilma-rejeitam-temer-aponta-datafolha.shtml

Se em 180 dias o Senado não fizer o julgamento do impeachment, Dilma retorna ao Governo. Se o julgamento for feito e ela absolvida, também retorna definitivamente ao cargo. Para isso serão necessários 28 votos dos Senadores, número perfeitamente possível de se obter entre os governistas (isso é, se evitarem novas traições).

O problema é o que poderá acontecer no país até lá. Só Deus sabe.

Então, que o "todo poderoso" se lembre de ajudar o povo brasileiro, não apenas aos Deputados, né?

A dignidade deste senhor da foto me representa.

P.S: Deputada Raquel Muniz PSD/MG, votou "pelo impeachment pelo fim da corrupção". Na hora de votar, ela citou o nome do marido, que hoje foi preso. Por corrupção.  http://g1.globo.com/mg/grande-minas/noticia/2016/04/prefeito-de-montes-claros-e-preso-durante-operacao-da-policia-federal.html

2 comentários:

  1. Frajola, eu fiquei com medo com a ironia do Cunha, na hora do voto. "Que Deus tenha piedade do Brasil" cê já imaginou o que pretende esse pé-torto, esse dianho, esse coisa ruim, e quetais, para o nosso país

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  2. Pois é, espero que Deus não nos castigue por ter sido tão invocado em vão... Eu axo.

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