Golpe aqui não cola mais

Hoje, no começo da tarde, passei no Acampamento da Democracia, na Esplanada dos Ministérios.

Milhares de manifestantes vieram a Brasília para acompanhar -e legitimamente, pressionar- a votação do impeachment que acontecerá amanhã na Câmara dos Deputados.

No início da semana, a grande imprensa já comemorava a "vitória" do golpe. Diziam que os governistas teriam "jogado a toalha". Temer dava declarações como presidente. 

Mas, o cenário virou: o deputado Waldir Maranhão (PP-MA), 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados e então aliado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou: “Eu e mais 12 deputados do PP vamos votar a favor da democracia e contra o golpe”.   https://brasilpagina1.com/2016/04/15/vice-presidente-da-camara-abandona-cunha-e-temer-e-garante-mais-13-votos-contra-golpe/

O clima passou a ser totalmente favorável ao governo.  Hoje, o Plenário da Câmara tinha apenas 409 Deputados. Os outros 104 ausentes, teriam viajado para os seus Estados, com os celulares desligados. Se realmente eles não votarem amanhã, só precisaremos de mais 68 votos para derrubar o processo. Ou seja, estaria praticamente garantida a vitória contra os golpistas        http://www.brasil247.com/pt/247/parana247/226439/Deputados-deixam-Bras%C3%ADlia-e-desligam-seus-celulares.htm

Para mim, agora, o que importa mesmo é o que acontecerá a partir de segunda-feira. Espero que Cunha seja definitivamente afastado da presidência da Câmara (ok, se preso, melhor) e o país volte o quanto antes à sua normalidade democrática.

A oposicinha (isso mesmo, no diminutivo) e seus aliados (mídia e setores do judiciário) simplesmente trabalharam contra o país desde a posse de Dilma. Foi uma crise fabricada e irresponsável.

Esta farra golpista tem que acabar. A Constituição tem que ser cumprida. Os corruptos e os conspiradores tem que ser punidos, "doa a quem doer". Até porque,se necessário, o povo não sairá das ruas até 2018.

Parem de brincar com o país. Entendam de uma vez por todas que este governo foi legitimamente eleito e tem o direito de governar.  Se a oposicinha tiver melhores propostas de governo, que as apresente nas próximas eleições, em 2018. E, claro, convençam o povo a votar. Porque golpe, aqui não cola mais.